É o fim…

mas não “O Fim”. Nem tudo que havia se acabou. O que restou não é dor. E eu não curto dramalhão… Exceto um bom japonês, talvez, mas ainda assim com limites.

É “só” o fim deste blog, apenas para nascer outro das cinzas: o 50 Personas.

Não se deixem enganar pelo nome. O novo blog não é só de games. Pensem em “persona”, o conceito Junguiano de “máscaras” que projetamos em diversas situações. Por extensão, pensem também no vínculo entre um “simples game” e uma noção tão antiga e abrangente de outro campo não necessariamente relacionado como a psicologia.

É sobre tudo isso que esse novo blog vai ser: nerdices e cultura pop, as fontes que as inspiram e as conectam, e a perspectiva de alguém que viveu o suficiente para ver – vivenciar – inúmeras iterações e evoluções nos quadrinhos, na música, nos games, no cinema, na TV…

Uma perspectiva maior que reflete uma impressão que eu tenho hoje, a de que os tempos atuais reforçam demais uma certa pulverização excessiva dessas subculturas todas.

Mas isso é assunto para lá, e aguardo vocês no novo palco.

Sumido porém vivo: trabalho, música e vício

OK, eu sumi por dois meses, mas não se preocupem. Ainda estou aqui e cheio de ideias para publicar, mas dois fatores não deixaram.

O primeiro é o de sempre: trabalho, trabalho novo, trabalho. Acabei de revisar dois jogos inteiros na sequência, além de continuar trabalhando em updates de jogos contínuos. Falando no assunto, dois jogos em que trabalhei ano passado foram revelados oficialmente nesse meio período. Um é um jogo de horror que acabou de ser anunciado e o outro, um de luta revelado faz mais tempo. Façam as contas aí e tentem adivinhar…

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A disneyficação dos jogos está a pleno vapor

Vendo o título desse artigo, talvez você esteja pensando em “infantilização” dos jogos. Ou talvez no aspecto “superprodução” da Disney, daquilo que venho falando há tempos, de como os jogos AAA estão ficando cada vez mais cinematográficos e voltados a um mínimo denominador comum de grande audiência. Na verdade, quisera eu que os problemas fossem só esses. Ambas as tendências estão em curso há um bom tempo e começaram muito antes da Disney se tornar a gigante de entretenimento geral que é hoje; são consequências simplesmente da expansão acelerada do mercado de jogos, cada vez mais interessado em atingir o máximo de pessoas possível a qualquer custo.

Não, o assunto aqui tem a ver com a parte de “gigante de entretenimento”. Quero dizer, como a Disney cresceu enormemente nos últimos anos ao devorar outras grandes empresas, como Pixar, Marvel, LucasArts e Fox, e o efeito que isso teve na produção da própria Disney. Pergunta: quando foi a última vez que você ouviu ou leu alguém se referir à Disney como “a casa do Mickey”? Faz um tempão, né? Isso não é à toa. Já foi o tempo em que a empresa criava Mickeys, Donalds e Roger Rabbits em vez de financiar coisas criadas por outros, sejam super-heróis, Simpsons ou Star Wars. E assim como a Disney parece dominar o entretenimento de massa atual nos cinemas e na TV, as coisas estão indo na mesma direção nos jogos – algo que a recente compra da Activision-Blizzard pela Microsoft só deixou mais claro. Me espanta que não haja mais gente preocupada com isso, porque todo mundo deveria.

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Melhores de 2021: Top 10 e Jogo do Ano

OK, eu até tentei, mas não deu. A lista de candidatos aos Melhores de 2021 está lotada de coisas que ainda queria jogar mais ou terminar, mas uma semaninha calma entre o Natal e o Ano Novo não foi suficiente para nada além de adicionar mais títulos que acabei não completando… Enquanto isso, neste começo de 2022, dois jogos não inéditos simplesmente tomaram a minha vida: Final Fantasy XIV Online (leia mais sobre isso no artigo Melhores de 2021: remakes, remasters e velharia geral) e o recém-lançado no PC Monster Hunter Rise. O ano foi quase todo tomado por meia dúzia de jogos que me deixaram obcecado, então são eles que vão aparecer aqui mesmo, com mais um punhado de outros que conseguiram me prender e impressionar o bastante nos “intervalos” dos “grandes”.

Também estou meio sem saco de ficar me debatendo sobre qual jogo é o 7º ou o 8º colocado, então este ano vou dispor esse Top 10 de uma maneira diferente. Para começar, vou mencionar três jogos que ficaram de fora por pouco, seja porque o ano foi bom demais ou porque ainda não os terminei. Depois, vou agrupar mais cinco jogos como os “Medalha de Prata”, a segunda metade dos 10 jogos que mais gostei em 2021. Em seguida, mais quatro jogos compõem os “Medalha de Ouro”, a nata de títulos que cheguei a considerar como possíveis Jogos do Ano. E por fim, o óbvio, a “Medalha de Platina”: o GOTY, o number one, o Jogo do Ano de 2021 para este blog. Alguém aí já faz ideia de qual é? Não é tão difícil de adivinhar para quem anda acompanhando, mas nunca se sabe. Vamos então aos 13 maiores!

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Melhores de 2021: remakes, remasters e velharia geral

Depois de um artigo xigante sobre alguns dos melhores e piores momentos dos jogos e da indústria em 2021, vou passar agora à nata do que foi relançado no ano… ou que simplesmente só joguei agora. Vocês podem ver uma lista geral de candidatos a tudo aqui e, partindo dela, vou destacar o que mais me marcou. Por mais que o pessoal ainda reclame de remakesremasters, a cada ano eu dou mais valor a eles por dois ângulos diferentes. O primeiro e mais comentado é o da preservação, de melhorar ou renovar o acesso a jogos que não são fáceis de encontrar ou de conseguir jogar hoje em dia. O outro? Bom… Eu chamo de correção de rota.

Quando uma empresa começa a tropeçar feio ou perde seu norte, eu acho é bom que ela volte às origens. Com sorte, ela vai entender mais uma vez o que a fazia brilhar e seguir um novo caminho a partir dali. Um bom exemplo é a iD com Doom em 2016, que redundou em Doom Eternal, e na lista abaixo mesmo tem outro possível caso futuro desses. Além disso, às vezes um remaster é necessário para apresentar uma série ou subgênero de jogos a um novo público e permitir que títulos inéditos possam dar certo – especialmente quando a tal série ou subgênero não se encaixa muito bem nas tendências atuais do mainstream. Por fim, às vezes a gente só quer ter uma experiência mais completa em uma série com jogos anteriores sendo refeitos e redisponibilizados, algo que também vai dar as caras na lista abaixo.

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